sexta-feira, 29 de junho de 2007

Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo




Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo








Montemor-o-Novo é um concelho rural, do Distrito de Évora (um dos mais extensos do País) , com 18.578 habitantes, 10 freguesias, com elevado indice de envelhecimento e com povoamento disperso (montes isolados). Fica a 100km de Lisboa e a 100km de Badajoz.




O Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, nasceu em 1993, de um Acordo estabelecido entre a Equipa de Educação Especial de Montemor-o-Novo, a CERCIMOR, e o Centro Regional de Segurança Social – Sub – Região de Évora (acordo atípico), tendo como exemplo e apoio o PIIP de Coimbra.





Em 1996, o Acordo já estabelecido foi alargado à Sub-Região de Saúde de Évora e à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, embora informalmente já haver articulação entre estas entidades.





Em 1999 aprovam-se as orientações reguladoras do apoio integrado a crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e suas famílias através do Despacho Conjunto 891/99, de 19 de Outubro, assinado pelos ministros da Educação, Guilherme de Oliveira Martins; pela Ministra da Saúde, Maria Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina e pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Rui António Ferreira da Cunha.





Definição de Intervenção Precoce?




Conforme o que vem estabelecido no despacho Conjunto n.º 891/99, a Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família que preconiza determinadas acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social, atendendo a:
· assegurar as condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;
· potenciar as interacções familiares; reforçar as competências familiares, capacitando-as face à problemática da criança.





O serviço de IP de Montemor-o-Novo congratulou-se com esta legislação, na medida em que era consentânea com os conceitos teoricos e filosóficos defendidos pelas organizações científicas nacionais e internacionais, da área da IP e adoptados por este serviço, já havia algum tempo.






Área de abrangência





Dois concelhos: Montemor-o-Novo e Vendas Novas.

Equipa técnica







O Grupo de Técnicos (Médicos, Enfermeiras, Técnica Superior de Serviço Social, Psicólogas, Socióloga, Educadoras, Terapeutas Ocupacionais e da Fala, Fisioterapeuta, Auxiliar do ensino especial) que se deslocam ao domicílio, às creches e aos jardins-de-infância da rede pública e particulares, respeitando as necessidades, interesses e rotinas da família e das suas crianças.







Intervir nos contextos naturais das crianças











No Alentejo, algumas famílias com crianças pequenas vivem em "montes" isolados,sem possibilidade de acesso às creches e Jardins de Infância. Algumas destas crianças, que se apresentam em risco ambiental, dado o isolamento geográfico e os baixos recursos económicos dos pais onde, por vezes, o transporte da família é uma bicicleta a motor, são acompanhados por técnicos da IP que, percorrendo quilómetros, fazem o atendimento nos seus contextos de vida .



Este é o caminho que nos leva até uma família, com três crianças: uma de 6 anos que frequenta a escola, outra de 4, com atraso na linguagem e outra de 2 anos, com atraso psicomotor.A visita a esta família só pode ser feita de jipe,nesta altura do ano.De inverno, nem mesmo neste transporte se consegue lá chegar!


A sinalização destas crianças/ famílias é feita pelos serviços da comunidade: Saúde, Educação, Serviço local da Segurança Social, Bombeiros, GNR, pessoas da comunidade e, por último, mas como dado de grande importância para a Equipa, a própria família.

Como é feito o atendimento?


Após a sinalização são dadas as informações disponiveis sobre a família e sobre a criança, na reunião de Equipa.

ATécnica de serviço social faz o primeiro contacto, normalmente pelo telefone; programa-se a primeira visita no domicilio , de acordo com a disponibilidade da família.

Esta visita é feita pela Equipa de Primeiro Contacto constituida por dois técnicos: técnica de serviço social e coordenadora ou outro; faz-se apresentação geral do serviço: sede, constituição da Equipa Técnica, modelo de funcionamento, parcerias). Também para maior informação, deixa-se o Panfleto do serviço. Neste primeiro contacto, confirmam-se os dados da ficha de sinalização e faz-se o levantamento das preocupações da família em relação à sua criança.

Neste primeiro contacto duas situações podem surgir: a família fica contente, colaborativa porque finalmente alguém os vem ajudar a entender a problemática da criança ou, nega a ajuda dizendo " O meu filho não tem problemas! Eu também fui assim".

É nesta ultima que a Equipa sente mais dificuldades na sua tarefa.Todos sabemos que a mudança é dificil e, como profissionais, temos que perceber porque é que as famílias não mudam e qual o estadio em que encontram:

  • Não podem mudar ou não querem!
  • Não sabem o que mudar !
  • Não sabem como mudar!

A chave da mudança: O RELACIONAMENTO












domingo, 17 de junho de 2007

O porquê deste blog...Porquê Ipforeveri...

Porquê este blog?

Para todos este será mais um blog. Daqui por uns tempos mais um lixo que ficará na net, mas pensando bem, já navego na net, diariamente, há mais de oito anos, lendo muito bom " lixo" dos outros, porque não também eu enriquecer a lixeira da net?
Assim, com uma taxa cardíaca acima das 75 pulsações, lá me aventuro a postar sobre uma máteria que há muito é a minha paixão:INTERVENÇÃO PRECOCE!
Porquê Ipforeveri?
Como em tudo, há uma história neste nome! Há perto de dois anos que a INTERVENÇÃO PRECOCE no nosso País, anda com convulsões!! Algumas lesões no Sistema Nervoso Central agitam o corpo da IP. Esta agitação tem sido sentida e de que maneira, naqueles que diáriamante dão a cara e o corpito também, em prol de um modelo que tem dado provas da sua eficácia, quer para as famílias com crianças em risco biológico, estabelecido e ambiental, quer para os técnicos, quer também para os parceiros, envolvidos em cada comunidade.
Então, como é fácil de perceber pais com técnicos, pais com pais e técnicos com técnicos falam das suas preocupações e mais, tentam adivinhar, dado o sigilo com que o governo tem tratado deste assunto, o que por aí vem em termos de legislação. Então, num deste encontros entre técnicos, lá aparece a conversa de fundo: o futuro da IP! Fazem-se profecias, faz-se humor e alguém, como que em remate de conversa, levanta a mão, fazendo o V de vitória com os dedos e diz: IP for ever! Como a pessoa é alentejana, lá ficou o i no final, para manter a regionalismo do acto . Assim nasce IPFOREVERI.
Penso que, com muita facilidade se pode transformar num movimento. Movimento pacifista, seguro das suas convicções e nada acomodado!!"Quem se acomoda, em geral, vive melhor mas, como dizia Leonardo Da Vinci, não passam de meros condutores de comida, não deixando rasto algum de sua passagem pelo mundo excepto latrinas cheias..."
E por aqui me fico!