quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

BOAS FESTAS

Boas Festas para todos aqueles que nos visitam e que partilham connosco a paixão da Intervenção Precoce. Prometemos voltar em breve, com mais instrumentos e procedimentos para implementar práticas em Intervenção Precoce, centradas na Família, baseadas em investigações. Para os mais curiosos e, que dominem bem o inglês, aqui fica o link http://www.fippcase.org/
O Centro para o Estudo Avançado de Excelência sobre as Prática de Apoio à Primeira Infãncia e Família (The Center for the Advanced Study of Excellence (CASE) in Early Childhood and Family Support Practices), é um centro de pesquisa aplicada que fica localizado no "Family, Infant and Preschool Program, J. Iverson Riddle Developmental Center, Morganton, North Carolina, U.S.A.

domingo, 9 de dezembro de 2007

INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): CONTADOR DE VISITANTES

INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): CONTADOR DE VISITANTES

Massagem para bebés-FORMAÇÃO

No passado dia 7 de Dezembro de 2007 tivemos uma formação " MASSAGEM PARA BEBÉS" efectuada, em colaboração com a Associação de Paralisia Cerebral de Évora ( APCE) cuja Formadora, Sabine Place é Fisioterapeuta nesta Associação.
Esta formação teve como público alvo mães com bebés pequenos e, como objectivo, ensinar às mães o uso da massagem Shantala nos seus bebés. O toque no bebé assim como a técnica de massagem Shantala foram alguns dos conteúdos usados nesta Formação. Estiveram presentes 7 mães.
Queremos agradecer à APCE a disponibilidade em efectuar esta Formação na IP, em Montemor-o-Novo e, um agradecimento especial à querida Sabine que, pela sua sabedoria e simpatia cativou desde o primeiro momento todas as Formandas.
E para quem não esteve na Formação, o YOUTUBE tem a amabilidade de nos apresentar um pequeno video, mostrando o uso desta técnica Shantala.

INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): Igualdade de Oportunidades

INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): Igualdade de Oportunidades

FILME "O som do silêncio"

sábado, 8 de dezembro de 2007

Alfabetização infantil

Para os que se interessam pela tema da alfabetização aqui está um excelente relatório final de um grupo de trabalho sobre alfabetização infantil. Para consultar o documento basta clicar em:
www.cercimor.pt/maria/alfabetizacaoinfantil.pdf

"O ambiente é decisivo, mas a herança genética ainda concorre com boa parte do desempenho do cérebro"

Esta postagem tem a ver com a preocupação que muitos pais têm e nos questionam: "Será que estou a ser um bom pai ou uma boa mãe?Será que isto é bom para a minha criança?". Numa altura em que a criança já tem agenda, este artigo, ainda que escrito em português do Brasil, considerámos interessante e, de certa forma, seja esclarecedor para muitos pais e, também para alguns profissionais que na suas práticas tendem a hiper valorizar áreas fracas da crianças. Por vezes, e é esta a minha experiência, basta alertar os pais para que, dentro das suas rotinas familiares e de uma maneira natural, em interacção, dêem mais enfoque a determinados aspectos do desenvolvimento da criança. Ressalvo aqui a importância dos afectos e das interacções, que podem fazer a mudança!
E fica aqui o meu comentário:Para quê meter o bebé a ouvir Mozart, se os pais não gostam de música clássica?
Então aqui fica o link: http://epoca.globo.com/edic/19991115/ciencia5.htm
Boa leitura e seria óptimo comentários.

sábado, 24 de novembro de 2007

Terapia integrada na sala de aula - Integrating Therapy Into the Classroom

Terapia integrada na sala de aula (Integrating Therapy Into the Classroom) é um bom artigo que pode ajudar muitos Terapeutas a trabalharem com as crianças nos seus contextos de vida. Neste caso será na sala de jardim de Infância, em colaboração coma educadora da sala.
No entanto, o local onde é feita a terapia é só um dos factores a ter em conta no modelo das terapias integradas. No quadro da página 4, em que aparecem as várias dimensões das Terapias, é que se pode avaliar se a terapia é segregadora ou inclusiva : se incluem (a) a presença dos pares, (b) o contexto da intervenção, (c) a iniciação, (d) a funcionalidade das aptidões, e (e) consultadoria (troca de informações). A avaliação de todas estas variáveis é que determina quão isolada ou integrada é a terapia.
Se quiser ler o artigo traduzido para português basta clicar no link:

Vanderbilt Children’s Hospital

Um dos serviços do Vanderbilt Children’s Hospital, é o CENTER FOR CHILD DEVELOPMENT, cujo director é o Dr. Robin McWilliam. Podemos consultar o trabalho desenvolvido neste Centro através deste link: http://www.vanderbiltchildrens.com/interior.php?mid=342.
Se Clicar em "Materials and Instructional Tools", pode ver a quantidade de excelentes artigos, úteis para quem trabalha em Intervenção Precoce, pelas categorias: Early Intervention in Natural Environments, Individualizing Preschool Inclusion, Challenging Behavior, Parenting, and Engagement.
A Equipa de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo tem vindo a traduzir para português alguns destes artigos.Prometemos que, a pouco e pouco os iremos postando aqui no nosso espaço de partilha. Para os outros, basta clicarem no link anteriormente divulgado.
Boas aprendizagens!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

Projecto EBIFF

Este Projecto foi apoiado pela Comissão Europeia, dentro do Programa Leonardo Da Vinci e pelo Ministério da Cultura, Ciência e Educação da Áustria com o objectivo de, depois de ter analisado as práticas europeias na área da formação de profissionais da Intervenção Precoce, criar um curriculum formativo europeu, para todos os profissionais desta área. Para ter acesso à tradução do documento basta clicar no link www.cercimor.pt/maria/EBIFF.pdf

domingo, 18 de novembro de 2007

Princípios-chave para a Educação Especial

A Agência Europeia para o Desenvolvimento da Educação Especial é uma organização autónoma e independente, apoiada pela Comissão Europeia e pelos Estados-Membros que têm representação nos respectivos órgãos de gestão, funcionando como plataforma de colaboração europeia no âmbito das NEE. Os seus representantes são nomeados pelos Ministérios da Educação dos países participantes, que suportam financeiramente a Agência. Esta Agência tem-se debruçado sobre vários assuntos, nomeadamente sobre a Intervenção Precoce.

Este documento, "Princípios-chave para a educação especial - Recomendações para responsáveis políticos", é uma síntese das linhas de actuação de vários Países, relativamente à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais (NEE), nas escolas regulares; foi elaborado por membros dos conselhos de representantes da Agência Europeia de vários Países. A representação portuguesa está a cargo de Filomena Pereira.
Para ler este documento clique no link www.cercimor.pt/maria/principios.doc


sábado, 17 de novembro de 2007

PIAF e FAMÍLIAS

Para ler informações sobre a construção, características e importância do PIAF nas Famílias, clique no link http://www.cercimor.pt/maria/PIAFAMILIAS.ppt .Este powerpoint foi baseado em comunicações apresentadas no nosso País, pela Marilyn Espe-Sherwindt, Ph.D., directora do Family Child Learning Center(EUA).

sábado, 3 de novembro de 2007

PERCEBER A ECOLOGIA DA FAMÍLIA (McWilliam)

Mais um excelente artigo do Robin McWilliam, Ph.D., director de "The Individualizing Inclusion in Child Care" model demonstration project, desenvolvido no Frank Porter Graham Child Development Institute at the University of North Carolina at Chapel Hill: Perceber a Ecologia da Família.
Para ler o artigo em português, basta clicar no link http://www.cercimor.pt/maria/integrate.pdf

terça-feira, 30 de outubro de 2007

sábado, 13 de outubro de 2007

Mais algumas fotos de Graz

Mais algumas fotos dos vários momentos em Graz












Anos da Cristina!
































Algumas fotos do Congresso do Eurlyaid

Aqui deixamos algumas fotos do Congresso da Associação Europeia, EURLYAID, em Graz, Austria.
Ideia divertida de controlar o tempo das comunicações.Sempre que o orador ultrapassava o tempo da sua comunicação, outros acontecimentos apareciam em cena: relógios a tocar, bolinhas de sabão, fumo, o animador saía do seu lugar.Algumas fotos desses momentos e de alguns oradores.










Conferência Anual “Eurlyaid” (The European Association on Early Childhood Intervention ), 2007

PROGRAMA DO CONGRESSO DA EURLYAID

Realizou-se em Graz, Austria, o Congresso anual da EURLYAID, The European Association on Early Childhood Intervention, nos dias 28 e 29 de Setembro de 2007- "Organization and Regulation in early childhood systems". No discurso de boas vindas, a Presidente Karin Mosler fez um breve resumo sobre a Associação Eurlyaid, que passamos a citar: " A EURLYAID (http://www.eurlyaid.net/) é uma associação europeia, fundada em 2003, com sede no Luxemburgo. É um grupo de trabalho constituído por investigadores, prestadores de serviços e representantes das associações de pais, interessados na intervenção precoce praticada nos vários países da Comunidade Europeia. Por um lado, o nosso principal objectivo é o de contribuir para o desenvolvimento de metas políticas e legislação e, por outro, melhorar a qualidade da intervenção no sentido de definir uma atitude ética."

Partilharemos alguns resumos das comunicações .


Hellfried Rosegger, fala-nos sobre "A entrada do bebé prematuro, no mundo: do cesto tibetano às incubadoras de alta-tecnologia. Para nós, o nascimento é o acontecimento mais dramático das nossas vidas, mesmo que nós não estejamos conscientes desse facto.
Mas, e se estivermos a lidar com bebés prematuros? Aquelas crianças que têm de abandonar o útero da mãe meses antes do previsto têm de lutar brutalmente pela sobrevivência. Gostaria de agradecer aos colegas que adaptaram os seus conhecimentos médicos às necessidades dos seus pacientes. No decurso destes últimos 40 anos, os nossos métodos para ajudar a sobrevivência de prematuros continuam, basicamente, a ser os mesmos. Na minha opinião, o progresso mais notável é o de que, hoje em dia, os profissionais pensam muito mais em que tipo de exame ou tratamento deve ser utilizado em cada situação. Há alguns anos, utilizávamos todas as medidas ao nosso alcance, agindo antes de pensarmos nas consequências. Hoje, todas as possibilidades têm que ser levadas em conta. Alguns tratamentos para crianças prematuras são definitivamente necessários. Não consegue respirar e engolir, faz a digestão com dificuldade, está mais vulnerável a infecções, a problemas cardiovasculares e hemorragias cerebrais.
Falta-nos saber como é que as cicatrizes mentais, a chamada “memória da dor”, afectam a introdução na vida. Por mais que a medicina avance, também é importante entender o ser humano como um todo. "

Resumo da comunicação de Patricia Champion, da Universidade de Canterbury e Champion Center, da Nova Zelândia .
( http://www.vanderveer.org.nz/personnel/person.php?id=297#top )

"O Coaching do bebé prematuro e da sua família depois de um período de cuidados intensivos
Quem são os bebés prematuros e o que é que sabemos deles?
Entre 5 e 15% destes bebés terão problemas neuro-musculares e entre 25 e 50% estão em risco de desenvolver problemas cognitivos de aprendizagem. São bebés que com mais problemas de saúde, aumento de exclusão social e tristeza, bem como hiperactividade, falta de atenção e agressão.
Actualmente, as crianças prematuras podem ser classificadas de três maneiras – 23-28 semanas, peso à nascença extremamente baixo, 28-32 semanas, peso à nascença muito baixo e 32-36 semanas, peso baixo à nascença. Estas crianças começaram a vida num patamar muito diferente, e o seu percurso individual e as experiências dos pais irão ter um impacto significativo em vários aspectos do desenvolvimento. Um conjunto de dados proveniente de estudos feitos em animais mostra que o desenvolvimento do cérebro é estimulado não só pelas hormonas da gravidez, mas também durante os momentos de prestação de cuidados. Os animais que receberam uma maior quantidade de lambidelas e cuidados de limpeza e alimentação produziram menos hormonas de stress quando tinham que lidar com situações stressantes. Podemos partir do princípio de que as mães e os bebés estimulam o desenvolvimento do cérebro uns dos outros. Num desenvolvimento típico, o bebé já nasce com um cérebro que está programado para ir ao encontro e aprender com o contacto humano. Todos os tipos de activação neurológicas dependentes da experiência ocorrem através dos sistemas visuais, do paladar, audição e manuseamento físico. Os bebés muito prematuros chegam ao mundo antes que estes sistemas estejam suficientemente maduros ou programados para se envolverem ou sobreviverem na sinapse social. Irão estar em níveis diferentes durante muitas semanas ou até meses. O que acontece bi-direccionalmente nesta fase de espaço social funciona como o percursor do desenvolvimento do entendimento social, do conhecimento social e da empatia. Quaisquer intervenções precisam de ser multidisciplinares, multi-modais e devem ter no centro as necessidades médicas e de segurança da criança em questão, conjuntamente com o bem-estar dos pais.
Existem muitos estudos sobre as intervenções de berço, quando o método canguru e as massagens do bebé ainda não possíveis para um bebé instável. Estas intervenções terão que ser individualizadas e devem ter em conta os factores familiares, sociais, físicos e culturais. Daniel Siegel chama a estas intervenções uma “mind minfulness” e consistem em ajudar os pais a se sentirem confortáveis quando se sentam ao pé da incubadora e a usarem os seus sentimentos de progenitores para falarem com o bebé. Ainda parece quase forçado sugerir aos pais que usem o som da voz humana ou que sussurrem canções de embalar enquanto observam os padrões de comportamentos neurológicos e fisiológicos dos bebés, pois os pais ainda estão numa situação de grande dualidade em relação ao bebé. Nestes casos, o procedimento é o de ajudar os pais a assumirem um novo papel como mãe e pai, sem o benefício de um terceiro trimestre de gravidez como preparação para a mudança de papel. Os profissionais clínicos poderão ter uma importância crucial ao ajudar os pais a construir uma “sinapse social de berço”.
Já imaginou quão importante seria se, por exemplo, o pessoal da enfermaria, sabendo o stress em que os pais se encontram quando têm de sair de perto da incubadora, para dormir por exemplo, lhes dissesse “até voltarem, vou ter o vosso filho em mente de uma maneira especial e vou estar presente se ele precisar de ajuda para que, enquanto estiverem longe, ficarem em paz” (atitude a que Jeree Pawl denominou de “holding in mind”). Não estou a sugerir que os pais confiem aos clínicos todo o trabalho, mas estou sim a sugerir outra forma de cuidados igualmente poderosa para o mundo criança-mãe/pai. Mesmo depois de passadas várias semanas do nascimento de um bebé prematuro, os cuidados e os desafios bio-comportamentais que cada prestador de cuidados tem de enfrentar continuam a ser muitos, em comparação com um bebé de termo. “De certa maneira, as primeiras experiências, especialmente com o prestador de cuidados primário, ajudam a criar uma “gramática de emoção”, que pode ser duradoura, mesmo que a linguagem das emoções se continue a construir nos anos vindouros” (Sroufe et al., 2005). Em seguida, apresento algumas formas que poderão servir os clínicos de intervenção e ajudar no desenvolvimento deste “ir conhecendo o bebé”:
- Verificar se o bebé apresenta sinais de stress desregulação, como indiferença, olhar à volta, soluços, pele pálida ou encarnada, agitação.
- Ter atenção à postura e à posição, especialmente na hora das refeições (da criança e da mãe).
- Contacto pele com pele, envolvendo as áreas ventrais do bebé e da mãe.
- Encorajar e apoiar a amamentação.
- Encorajar a utilização de um sentido de cada vez.
- Nos primeiros tempos, deve envolver a criança de uma forma mais apertada, e, à medida que o bebé vai trabalhando para se envolver no mundo social, cubra-o de forma a ficar mais solto.
- Ter em conta a possibilidade das influências desreguladores dos estímulos ambientais externos, e.g., luz forte, barulho, como o da televisão, da rádio ou de outras pessoas, principalmente nas primeiras fases.
- Tenha sempre em mente o estado de espírito e bem-estar dos pais.
- Consciência das normas e crenças culturais de cada família, para que se possam reconfigurar as ideias que a própria família tem de si, de modo a receberem a criança prematura.
- Não se esqueça de que estes bebés serão mais frágeis medicamente e serão mais vezes internados num hospital nas primeiras semanas, o que poderá representar uma situação de stress na quebra da díade emergente.
Quais são as ligações de apoio que rodeiam o prestador de cuidados?
O cérebro da mãe, mais maduro, modula (através da presença e das suas acções) o cérebro imaturo do seu bebé. Os bebés prematuros requerem mais cuidados e durante mais tempo e, como tal, nem sempre é fácil para as mães se sentirem alegres, mas as situações de stress são tóxicas para o desenvolvimento do cérebro (sugere-se aos pais que contem histórias à criança, apesar de a maioria das mães afirmar que só têm memórias tristes). Penso que não devemos separar a terapia física da intervenção comunicativa e sócio-emocional. Pensar, sentir e agir precisam de funcionar em conjunto para fazerem sentido. Esta situação requer um entendimento comum entre os clínicos multidisciplinares, de modo a dar ao bebé uma experiência integrada de movimento, emoção e cognição, exigidos pelo cérebro para a aprendizagem, de maneira a que se construam patamares neurológicos que irão prevenir algumas das incapacidades secundárias deste grupo."

Autism Speaks videos

Como não sei colocar este filme na zona dos filmes, mas como acho importante partilhar convosco esta consulta, aí vai o link http://www.youtube.com/autismspeaksvids .Para além deste video, podem consultar outros que também estão disponiveis nesta pesquisa.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

De coração para coração




Mais um panfleto Cornerpiece "De Coração para Coração", onde são dadas algumas dicas de ajuda na construção da proximidade entre pais e crianças.
Em resumo:
-Podemos dizer que os pais estão a exercer as suas competências parentais e que a ligação de afecto está a crescer quando os pais se tornam mais responsivos às necessidades de conforto e encoralamento da criança, quandoa criança inicia interacções com os pais e quando a criança procura os pais à procura de conforto.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Ambientes empobrecidos e seus efeitos no Desenvolvimento da Criança


Neste esquema estão agrupados alguns factores que caracterizam os ambientes empobrecidos, bem como os seus efeitos no desenvolvimento da criança. Destes factores destacam-se aspectos ligados ao sitema económico da família, variáveis ambientais e parentais, impacto psicológico sobre os pais e familiares, assim como o impacto na própria criança.


Estes factores actuam de forma comulativa, criando ciclos de pobreza, difícies de serem interrompidos. Sabemos que as famílias de multi-factores de risco, a intervenção se torma mais complexa, pois em alguns destes casos, antes de se poder canalizar as energias para qualquer outro tipo de aspirações ou motivações, há que suprir as necessidades básicas de sobrevivência, conforme nos retrata a Piramide de Maslow, num post anterior.Só mesmo através da educação e da informação estes ciclos podem ser alterados!


Contudo, como nos diz Marilyn Espe-Sherwindt " Acreditar que a mudança é possivel, é a primeira etapa".

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Partilha de saberes (cont.)


Dentro do tema "Jogos para Crescer", anexamos mais um folheto


Folheto 3 "Consegui"














































segunda-feira, 23 de julho de 2007

INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): Igualdade de Oportunidades

INTERVENÇÃO PRECOCE : Igualdade de Oportunidades

No passado dia 16 de Julho de 2007, efectuou-se uma Audição Parlamentar "As crianças e a igualdade de oportunidades: riscos múltiplos, necessidades especiais", organizada pela Subcomissão para a Igualdade de Oportunidades.
Esta Audição Parlamentar decorreu ao longo do dia, na Assembleia da República, na Sala do Senado, onde "estrelas de primeira grandeza" do mundo da Intervenção Precoce, foram apresentando as suas comunicações, conforme Programa em anexo.
Esta foi a comunicação apresentada pela representante da Cercimor, do sector da Intervenção Precoce:
"A CERCIMOR, Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Montemor-o-Novo, surgiu em 1976, como tantas outras CERCI’s, por iniciativa de uma comissão de pais de crianças deficientes, de técnicos e de outras pessoas interessadas. Foi criada com o objectivo principal de dar respostas educativas a crianças e jovens deficientes e a outras situações de desadaptação social dos concelhos de Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Arraiolos, Mora e Viana do Alentejo.

Ao longo dos anos, foram surgindo novos desafios e constituíram-se novas respostas:
- O Centro de Apoio Ocupacional,
- O Centro de Formação Profissional,
- O Projecto Sócio Educativo,
- O Centro de Emprego Protegido (CEP) "Artes e Ofícios
- Centro de Atendimento à Família e Apoio Parental (CAFAP)-

Finalmente, em 1993 é criado o serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, tendo como modelo o PIIP de Coimbra e a ajuda e amizade do Dr. Luís Borges.

Neste âmbito, foram criadas as parcerias com a Saúde, Segurança Social, Educação, e Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, sendo a Cercimor a entidade promotora do serviço.
Desde logo foi afecta uma equipa multidisciplinar, que faziam os apoios, a crianças e suas famílias dos 0 aos 6 anos, nos seus contextos de vida.

Deixando de lado a “estimulação precoce” que se refere só ao trabalho com a criança, passou-se para um novo modelo, em que também engloba a estimulação da criança, mas no seio da sua família, usando os recursos da sua comunidade.

Este novo serviço ouve as necessidades das famílias;
Dá-lhes apoio emocional (ouve as suas alegrias as suas tristezas, acredita nos seus sucessos);
- Dá suporte às famílias (na marcação de consultas e, por vezes , no acompanhamento e nos transportes;
- presta apoio informativo, (sobre o desenvolvimento da criança e recursos da comunidade).

Todo este serviço é prestado gratuitamente, respeitando os interesses, rotinas diárias, prioridades e forças das crianças e famílias.
Dá-lhes poder nas suas decisões, sem aumentar o seu cansaço e stress em deslocações às terapias, e de acordo com o que o Professor McWilliam, tem escrito e dito nos nossos congressos: a criança aprende ao longo dos dias da semana e não em sessões específicas e limitadas. A visita é um serviço. A intervenção ocorre entre as visitas. É de máxima intervenção que a criança necessita.”

Outra questão também de grande importância é a idade em que começa a intervenção.
Quanto mais cedo for a sinalização e o apoio, maiores serão as probabilidades de sucesso na criança e mais fácil será a aceitação e o vínculo, no caso de deficiência, pela parte dos pais e da família alargada.

Em Montemor, no começo e durante alguns anos, a entidade que mais sinalizações fazia era a Educação, através dos jardins de infância, (por volta dos 4/5 anos).
Presentemente, graças ao grande empenho da Saúde e ao conhecimento do serviço na comunidade, as sinalizações são quase imediatas ao aparecimento da situação, em idades muito baixas e, em alguns casos, o acompanhamento já é feito ao casal, no período de gravidez.

O Despacho Conjunto nº 891/99, de 19 de Outubro, que define o enquadramento legal da IP,elaborado com grande sabedoria, só foi publicado depois de terem sido consultadas muitas entidades idóneas e com experiência na área da IP.

Em algumas regiões do País,o Despacho foi imediatamente implementado.

Em 2000, na Região do Alentejo, foram constituídos os vários patamares de coordenação, conforme estava previsto no Despacho: uma Equipa de Coordenação Regional, 3 Equipas de Coordenação Distritais e várias Equipas de Intervenção Directa,(EIDs) numa filosofia de articulação e rentabilização de serviços.

Nesta fase, o serviço de Intervenção Precoce de Montemor disponibilizou a sua experiência e conhecimentos, através de reuniões e formações teórico- práticas, com o apoio da saúde XXI, a todas as equipas do Alentejo para que, a implementação ocorresse da melhor forma possível, evitando cometerem-se alguns erros.
Analisando a avaliação efectuada às várias Formações, esta teve grande impacto na aceitação do modelo de IP, no Alentejo.

Todos os anos foram criadas novas respostas concelhias nos vários Distritos. A rede foi crescendo e melhorando as suas práticas!
De acordo com o relatório de actividades da ERA de 2006, praticamente todos os concelhos do Alentejo estão cobertos por Equipas multidisciplinares.
Tudo isto se deve à grande cooperação existente entre Famílias, Instituições, os três ministérios e as comunidades!
Muito dinheiro, tempo e energias têm sido investidos nesta área: formação, material didáctico, viaturas, reuniões com parceiros, com pais, investigações, informações às comunidades nacionais e internacionais.

Em Maio de 2006, em Montemor-o-Novo, um grupo de especialistas de várias universidades europeias, parceiros no Programa Grundtvig (Aprendizagens ao longo da vida – Programa Sócrates), através da Universidade do Minho, elogiaram a nossa legislação, querendo aprender connosco as boas práticas:
-”Como é que Portugal conseguiu fazer uma lei onde junta três ministérios (Saúde, Educação e Segurança Social), e Instituições, falando a mesma linguagem, usando estratégias comuns, discutindo sobre as problemáticas das crianças e suas famílias? – era a pergunta colocada pelos investigadores, e reveladora do interesse pela precursora experiência nacional.

A resposta a este pedido, foi uma nova candidatura a este Programa, com um Projecto na área da IP “Cooperando com os pais em IP”.

Quando tudo parecia caminhar para melhorar o já existente, sem se esperar pelo relatório de avaliação do Despacho, efectuado pelo Grupo Interdepartamental, surgem novidades terríveis, nomeadamente, da parte do Ministério da Educação. A perplexidade instalou-se!!
- as educadoras de infância com mais anos de serviço, mais formação e mais experiência na área da IP, candidatando-se ao Quadro de Educação Especial, seriam afastadas da IP;
- questiona-se a idade de abrangência da IP;
- fala-se na mudança dos critérios de elegibilidade;
- encara-se a deficiência numa perspectiva médica, (há muito posta de parte);
- a inquietação de que, outros técnicos (terapeutas, psicólogos ), não poderiam acompanhar as crianças, a partir dos 3 anos, em contexto de Jardim de Infância
Para nós, a Educação sempre foi e será um pilar essencial neste processo!!!
Ou será que se vão priorizar cuidados de saúde, higiene, segurança e deixar de lado a educação, quando todos estes sistemas já se articulavam, com alguma harmonia?

Na nossa prática, cada família é visitada semanal (uma a três vezes) ou quinzenalmente, de acordo com a problemática da criança e das suas necessidades, pelo seu responsável de caso (terapeuta, psicólogo, técnico de serviço social, educadora de infância).

Algumas destas famílias, com crianças até aos 6 anos, de baixos recursos económicos, que vivem em montes isolados geográfica e socialmente, sem acesso a transportes públicos e sem viatura própria (a algumas resta uma motorizada, como transporte familiar), têm unicamente como visitas, aquelas efectuadas por estes serviços acessíveis, flexíveis, responsáveis e que, percorrendo quilómetros, muitas vezes só o podendo fazer de jipe, lhes levam oportunidades de novas aprendizagens: brinquedos, panfletos, revistas, jornais e conversa; os elogios sobre os sucessos da sua criança, o programar novas metas e sempre a promessa de, na próxima visita, se fazerem outras “brincadeiras giras”!

João dos Santos referia, num trabalho que realizou numa Instituição destinada à reeducação de delinquentes, que alguns adolescentes com mais de 16 anos usavam brincadeiras solitárias com certos brinquedos, mais utilizados habitualmente por crianças pequenas (carrinhos). A observação deste comportamento levou-o a considerar que, existem certas etapas na vida destes jovens que foram “etapas queimadas”,e este tipo de brincadeiras surgiria pela necessidade de voltar atrás e experimentar alguma coisa que lhes tinha faltado no seu passado.
Se a legislação mudar…

Só para exemplificar o risco, que as crianças e famílias de Montemor e Vendas Novas correriam: das 135 crianças / famílias acompanhadas, só 10 crianças têm diagnósticos etiológicos e ficariam no Programa (autismo, Trissomia, sequelas de paralisia cerebral, alguns síndromes), se for mantido até aos 6 anos de idade! Todas as outras, 91 crianças com atrasos de desenvolvimento: com perturbações predominantemente nas áreas da linguagem/comunicação, comportamento/interacção e psicomotor; e 32 em risco de atraso no seu desenvolvimento, devido às interacções familiares perturbadas, pais com deficiência mental e famílias em isolamento geográfico e social, ficarão fora do Programa!

Por tudo o que foi dito, acreditamos que esta instabilidade será passageira e que, num País que tem demonstrado interesse e preocupação em seguir um modelo, defendido pelos mais ilustres investigadores nacionais e internacionais, com princípios ecológicos, sistémicos, inclusivos, comunitários e de rentabilização de serviços, não se deite por terra anos e anos de boas práticas.
As Equipas precisam de tranquilidade e estabilidade para poderem desempenhar com sucesso as suas funções.
As crianças e famílias com quem trabalhamos merecem o nosso respeito.
Por elas, não podemos correr riscos de experimentalismos gratuitos, nem de aventureirismos precipitados.

Termino, com uma frase de Frederico Mayor, que é também, e hoje, um grito de apelo à vossa consciência:

«O Mundo que deixamos às nossas crianças depende em grande parte das crianças que deixarmos ao nosso mundo».

Tenho dito, Obrigada."


domingo, 15 de julho de 2007

Igualdade de Oportunidades

Este pequeno vídeo, retirado da telenovela "Páginas da vida", de Manoel Carlos, mostra bem como a escola pode ser um local de discriminação!De salientar a maneira como aquela mãe defende os direitos da sua filha!

sexta-feira, 13 de julho de 2007

Intercâmbio de saberes

Um dos objectivos deste blog é a partilha de saberes, de forma a enriquecer as práticas levadas a cabo junto de famílias e crianças, no âmbito da Intervenção Precoce.

Desta vez, fizemos uma paragem no "Centro de Educação e Investigação para o Desenvolvimento da Primeira Infância"( Research and Training Center (RTC) on Early Childhood Development). Este Centro é financiado pelo Departamento de Educação dos E.U.A. , Gabinete de Programas de Educação Especial, Divisão Research-to-Practice.

O Centro (RTC) tem como principal objectivo implementar um programa coordenado e avançado de investigação aplicada, sobre os conhecimentos e práticas destinados a melhorar intervenções relacionadas com a saúde mental, com o desenvolvimento interpessoal, sócio-emocional, da pré- literacia, da comunicação e do comportamento de bebés , crianças pequenas e em idade pré-escolar com ou em risco de atraso de desenvolvimento.

Com esta postagem, esperamos contribuir para que pais e profissionais tenham acesso a um novo conjunto de intrumentos de trabalho, de modo a efectuar uma intervenção mais criativa, junto das crianças.

FOLHETOS CORNERPIECE

É mais um produto oferecido pelo Centro de Educação e Investigação para o Desenvolvimento da Primeira Infância. Os folhetos Cornerpiece oferecem uma descrição precisa de uma determinada prática baseada na evidência, a forma de a experimentar e mecanismos para descobrir se essa mesma prática está ou não a ter resultados.

Estes folhetos estão agrupados em temas, todos relacionados com o desenvolvimento e a criação de oportunidades de aprendizagem da e para a criança portadora de alguma deficiência ou atraso no desenvolvimento global, podendo o mesmo folheto estar incluído em mais do que um tema.

Os folhetos fazem parte de um grupo mais vasto, os "Solutions Tool Kits", em que são apresentados outros produtos e a fundamentação teórica e de investigação, todos relacionados com um tópico específico envolvendo as crianças.


Jogos para Crescer

Ensine o seu bebé com jogos de aprendizagem precoce

As crianças pequenas, que aprendem a fazer com que coisas interessantes e emocionantes aconteçam, iniciam então uma aventura de aprendizagem repleta de descobertas e divertimento. Estas ideias servem para apoiar o desenvolvimento de crianças pequenas através da magia associada a jogos de aprendizagem precoce.

Desta vez apresentaremos a tradução dos folheto1:

"Mais tempo para a Brincadeira"



















Questionário para o folheto 1


Está a resultar?

  1. -O bebé repete o comportamento, vezes sem conta?
  2. -O bebé reconhece que há uma ligação entre a sua acção e a resposta desejável que se segue?
  3. - O bebé exprime prazer ( sorri, palra, ri, bate palmas, etc. )aquando da resposta?


( Fonte: http://www.researchtopractice.info/index.php )












segunda-feira, 9 de julho de 2007

Pirâmide de Maslow

Pirâmide de Maslow

A hierarquia de necessidades, é uma divisão proposta por Abraham Maslow,daí o nome da pirâmide, em que as necessidades de nivel mais baixo devem ser satisfeitas, antes das necessidades de nivel mais alto.Cada pessoa tem de subir uma hierarquia de necessidades até atingir a sua realização pessoal.

Então, Maslow define um conjunto de cinco necessidades:


  • necessidades fisiológicas básicas (fome, frio, sede, sexo);

  • necessidades de segurança, que vão desde as mais simples necessidade de estar seguro dentro de uma casa, às mais estruturadas como ter um emprego, uma religião;

  • necessidade de afecto (amor, carinho, sentimentos de pertença);

  • necessidade de estima, que passa pelo reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;

  • necessidade de auto-realização, em que o indivíduo se transforma naquilo que ele quer ser: "what human can be, they must be:they must be true to their own nature"

É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade "...temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais".

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre







A propósito da teoria da hierarquia das necessidades de Maslow poderá ler, clicando no link, um artigo interessante sobre esta teoria e o fracasso escolar. O artigo fala da Educação no Brasil, mas ,na minha opinião, por cá a situação não muda muito! E quem trabalha em Intervenção Precoce conhece e luta diariamente com esta realidade...
http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl50.htm

sexta-feira, 6 de julho de 2007

População Atendida, contextos e idade das crianças




Gráfico1- Total de apoios
Foram apoiadas 133 crianças no mês de Junho. Entraram para o programaeste mês para o serviço, 4 novas crianças (137 crianças): 2 no concelho de Vendas Novas e 2 no concelho de Montemor-o-Novo. No mês de Junho, sairam 2 crianças do programa do concelho de Vendas Novas, ficando no total 135 crianças, nos dois concelhos.



Gráfico 2- Contextos de apoio

-Foram apoiadas 47 crianças só no domicílio;
-Foram apoiadas 3 crianças em domicílio e creche;
-Foram apoiadas 79 crianças em domicílio e j.infância;
-Foram acompanhadas no espaço lúdico 6 crianças;



Gráfico 3- Crianças por escalão etário
-41 crianças dos 0 aos 2 anos;
-82 crianças dos 3 aos 5 anos;
-12 crianças com mais de 6 anos;






quinta-feira, 5 de julho de 2007

Projecto da Agência Europeia:"Intervenção Precoce na Infância:análise de situações na Europa"

Neste link,podem ler-se vários artigos sobre a Intervenção Precoce na Europa. O mais importante de todo o Projecto foi a proposta de uma definição europeia para a IPI:
"IPI é um conjunto de recursos/serviços para crianças em idades precoces e suas famílias, que são disponibilizados quando solicitados pela família, num certo período da vida da criança, incluindo qualquer acção realizada quando a criança necessita de apoio especializado para: assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal; fortalecer as competências da própria família; e promover a inclusão social da família e da criança.
Estas acções devem ser realizadas no contexto natural das crianças,preferencialmente a nivel local, com uma abordagem em equipa multidimensional orientada para a família."

Na definição, nota-se a preocupação de intervir o mais cedo possivel , no seio da família, temporariamente ou não, de acordo com a problemática da criança (um atraso no desenvolvimento, aos 9 meses pode ser ultrapassado, se se intervir a tempo), e nos contextos naturais de vida da criança.
.european-agency.org/site/info/publications/euronews/archive/docs/docs05/euronews15_pt.pdf

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo




Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo








Montemor-o-Novo é um concelho rural, do Distrito de Évora (um dos mais extensos do País) , com 18.578 habitantes, 10 freguesias, com elevado indice de envelhecimento e com povoamento disperso (montes isolados). Fica a 100km de Lisboa e a 100km de Badajoz.




O Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, nasceu em 1993, de um Acordo estabelecido entre a Equipa de Educação Especial de Montemor-o-Novo, a CERCIMOR, e o Centro Regional de Segurança Social – Sub – Região de Évora (acordo atípico), tendo como exemplo e apoio o PIIP de Coimbra.





Em 1996, o Acordo já estabelecido foi alargado à Sub-Região de Saúde de Évora e à Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, embora informalmente já haver articulação entre estas entidades.





Em 1999 aprovam-se as orientações reguladoras do apoio integrado a crianças com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento e suas famílias através do Despacho Conjunto 891/99, de 19 de Outubro, assinado pelos ministros da Educação, Guilherme de Oliveira Martins; pela Ministra da Saúde, Maria Belém Roseira Martins Coelho Henriques de Pina e pelo Ministro do Trabalho e da Solidariedade, Rui António Ferreira da Cunha.





Definição de Intervenção Precoce?




Conforme o que vem estabelecido no despacho Conjunto n.º 891/99, a Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família que preconiza determinadas acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social, atendendo a:
· assegurar as condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;
· potenciar as interacções familiares; reforçar as competências familiares, capacitando-as face à problemática da criança.





O serviço de IP de Montemor-o-Novo congratulou-se com esta legislação, na medida em que era consentânea com os conceitos teoricos e filosóficos defendidos pelas organizações científicas nacionais e internacionais, da área da IP e adoptados por este serviço, já havia algum tempo.






Área de abrangência





Dois concelhos: Montemor-o-Novo e Vendas Novas.

Equipa técnica







O Grupo de Técnicos (Médicos, Enfermeiras, Técnica Superior de Serviço Social, Psicólogas, Socióloga, Educadoras, Terapeutas Ocupacionais e da Fala, Fisioterapeuta, Auxiliar do ensino especial) que se deslocam ao domicílio, às creches e aos jardins-de-infância da rede pública e particulares, respeitando as necessidades, interesses e rotinas da família e das suas crianças.







Intervir nos contextos naturais das crianças











No Alentejo, algumas famílias com crianças pequenas vivem em "montes" isolados,sem possibilidade de acesso às creches e Jardins de Infância. Algumas destas crianças, que se apresentam em risco ambiental, dado o isolamento geográfico e os baixos recursos económicos dos pais onde, por vezes, o transporte da família é uma bicicleta a motor, são acompanhados por técnicos da IP que, percorrendo quilómetros, fazem o atendimento nos seus contextos de vida .



Este é o caminho que nos leva até uma família, com três crianças: uma de 6 anos que frequenta a escola, outra de 4, com atraso na linguagem e outra de 2 anos, com atraso psicomotor.A visita a esta família só pode ser feita de jipe,nesta altura do ano.De inverno, nem mesmo neste transporte se consegue lá chegar!


A sinalização destas crianças/ famílias é feita pelos serviços da comunidade: Saúde, Educação, Serviço local da Segurança Social, Bombeiros, GNR, pessoas da comunidade e, por último, mas como dado de grande importância para a Equipa, a própria família.

Como é feito o atendimento?


Após a sinalização são dadas as informações disponiveis sobre a família e sobre a criança, na reunião de Equipa.

ATécnica de serviço social faz o primeiro contacto, normalmente pelo telefone; programa-se a primeira visita no domicilio , de acordo com a disponibilidade da família.

Esta visita é feita pela Equipa de Primeiro Contacto constituida por dois técnicos: técnica de serviço social e coordenadora ou outro; faz-se apresentação geral do serviço: sede, constituição da Equipa Técnica, modelo de funcionamento, parcerias). Também para maior informação, deixa-se o Panfleto do serviço. Neste primeiro contacto, confirmam-se os dados da ficha de sinalização e faz-se o levantamento das preocupações da família em relação à sua criança.

Neste primeiro contacto duas situações podem surgir: a família fica contente, colaborativa porque finalmente alguém os vem ajudar a entender a problemática da criança ou, nega a ajuda dizendo " O meu filho não tem problemas! Eu também fui assim".

É nesta ultima que a Equipa sente mais dificuldades na sua tarefa.Todos sabemos que a mudança é dificil e, como profissionais, temos que perceber porque é que as famílias não mudam e qual o estadio em que encontram:

  • Não podem mudar ou não querem!
  • Não sabem o que mudar !
  • Não sabem como mudar!

A chave da mudança: O RELACIONAMENTO












domingo, 17 de junho de 2007

O porquê deste blog...Porquê Ipforeveri...

Porquê este blog?

Para todos este será mais um blog. Daqui por uns tempos mais um lixo que ficará na net, mas pensando bem, já navego na net, diariamente, há mais de oito anos, lendo muito bom " lixo" dos outros, porque não também eu enriquecer a lixeira da net?
Assim, com uma taxa cardíaca acima das 75 pulsações, lá me aventuro a postar sobre uma máteria que há muito é a minha paixão:INTERVENÇÃO PRECOCE!
Porquê Ipforeveri?
Como em tudo, há uma história neste nome! Há perto de dois anos que a INTERVENÇÃO PRECOCE no nosso País, anda com convulsões!! Algumas lesões no Sistema Nervoso Central agitam o corpo da IP. Esta agitação tem sido sentida e de que maneira, naqueles que diáriamante dão a cara e o corpito também, em prol de um modelo que tem dado provas da sua eficácia, quer para as famílias com crianças em risco biológico, estabelecido e ambiental, quer para os técnicos, quer também para os parceiros, envolvidos em cada comunidade.
Então, como é fácil de perceber pais com técnicos, pais com pais e técnicos com técnicos falam das suas preocupações e mais, tentam adivinhar, dado o sigilo com que o governo tem tratado deste assunto, o que por aí vem em termos de legislação. Então, num deste encontros entre técnicos, lá aparece a conversa de fundo: o futuro da IP! Fazem-se profecias, faz-se humor e alguém, como que em remate de conversa, levanta a mão, fazendo o V de vitória com os dedos e diz: IP for ever! Como a pessoa é alentejana, lá ficou o i no final, para manter a regionalismo do acto . Assim nasce IPFOREVERI.
Penso que, com muita facilidade se pode transformar num movimento. Movimento pacifista, seguro das suas convicções e nada acomodado!!"Quem se acomoda, em geral, vive melhor mas, como dizia Leonardo Da Vinci, não passam de meros condutores de comida, não deixando rasto algum de sua passagem pelo mundo excepto latrinas cheias..."
E por aqui me fico!