
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
BOAS FESTAS

domingo, 9 de dezembro de 2007
Massagem para bebés-FORMAÇÃO
Queremos agradecer à APCE a disponibilidade em efectuar esta Formação na IP, em Montemor-o-Novo e, um agradecimento especial à querida Sabine que, pela sua sabedoria e simpatia cativou desde o primeiro momento todas as Formandas.
E para quem não esteve na Formação, o YOUTUBE tem a amabilidade de nos apresentar um pequeno video, mostrando o uso desta técnica Shantala.
sábado, 8 de dezembro de 2007
Alfabetização infantil
www.cercimor.pt/maria/alfabetizacaoinfantil.pdf
"O ambiente é decisivo, mas a herança genética ainda concorre com boa parte do desempenho do cérebro"
E fica aqui o meu comentário:Para quê meter o bebé a ouvir Mozart, se os pais não gostam de música clássica?
Então aqui fica o link: http://epoca.globo.com/edic/19991115/ciencia5.htm
Boa leitura e seria óptimo comentários.
sábado, 24 de novembro de 2007
Terapia integrada na sala de aula - Integrating Therapy Into the Classroom
Vanderbilt Children’s Hospital
sexta-feira, 23 de novembro de 2007
Projecto EBIFF
domingo, 18 de novembro de 2007
Princípios-chave para a Educação Especial
Este documento, "Princípios-chave para a educação especial - Recomendações para responsáveis políticos", é uma síntese das linhas de actuação de vários Países, relativamente à inclusão de alunos com necessidades educativas especiais (NEE), nas escolas regulares; foi elaborado por membros dos conselhos de representantes da Agência Europeia de vários Países. A representação portuguesa está a cargo de Filomena Pereira.
Para ler este documento clique no link www.cercimor.pt/maria/principios.doc
sábado, 17 de novembro de 2007
PIAF e FAMÍLIAS
sábado, 3 de novembro de 2007
PERCEBER A ECOLOGIA DA FAMÍLIA (McWilliam)
Para ler o artigo em português, basta clicar no link http://www.cercimor.pt/maria/integrate.pdf
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Relógio do mundo!
Poodwaddle.com
http://www.poodwaddle.com/worldclock.swf
sábado, 13 de outubro de 2007
Algumas fotos do Congresso do Eurlyaid
Conferência Anual “Eurlyaid” (The European Association on Early Childhood Intervention ), 2007

Partilharemos alguns resumos das comunicações .
Hellfried Rosegger, fala-nos sobre "A entrada do bebé prematuro, no mundo: do cesto tibetano às incubadoras de alta-tecnologia. Para nós, o nascimento é o acontecimento mais dramático das nossas vidas, mesmo que nós não estejamos conscientes desse facto.
Mas, e se estivermos a lidar com bebés prematuros? Aquelas crianças que têm de abandonar o útero da mãe meses antes do previsto têm de lutar brutalmente pela sobrevivência. Gostaria de agradecer aos colegas que adaptaram os seus conhecimentos médicos às necessidades dos seus pacientes. No decurso destes últimos 40 anos, os nossos métodos para ajudar a sobrevivência de prematuros continuam, basicamente, a ser os mesmos. Na minha opinião, o progresso mais notável é o de que, hoje em dia, os profissionais pensam muito mais em que tipo de exame ou tratamento deve ser utilizado em cada situação. Há alguns anos, utilizávamos todas as medidas ao nosso alcance, agindo antes de pensarmos nas consequências. Hoje, todas as possibilidades têm que ser levadas em conta. Alguns tratamentos para crianças prematuras são definitivamente necessários. Não consegue respirar e engolir, faz a digestão com dificuldade, está mais vulnerável a infecções, a problemas cardiovasculares e hemorragias cerebrais.
Falta-nos saber como é que as cicatrizes mentais, a chamada “memória da dor”, afectam a introdução na vida. Por mais que a medicina avance, também é importante entender o ser humano como um todo. "
Resumo da comunicação de Patricia Champion, da Universidade de Canterbury e Champion Center, da Nova Zelândia .
( http://www.vanderveer.org.nz/personnel/person.php?id=297#top )
"O Coaching do bebé prematuro e da sua família depois de um período de cuidados intensivos
Quem são os bebés prematuros e o que é que sabemos deles?
Entre 5 e 15% destes bebés terão problemas neuro-musculares e entre 25 e 50% estão em risco de desenvolver problemas cognitivos de aprendizagem. São bebés que com mais problemas de saúde, aumento de exclusão social e tristeza, bem como hiperactividade, falta de atenção e agressão.
Actualmente, as crianças prematuras podem ser classificadas de três maneiras – 23-28 semanas, peso à nascença extremamente baixo, 28-32 semanas, peso à nascença muito baixo e 32-36 semanas, peso baixo à nascença. Estas crianças começaram a vida num patamar muito diferente, e o seu percurso individual e as experiências dos pais irão ter um impacto significativo em vários aspectos do desenvolvimento. Um conjunto de dados proveniente de estudos feitos em animais mostra que o desenvolvimento do cérebro é estimulado não só pelas hormonas da gravidez, mas também durante os momentos de prestação de cuidados. Os animais que receberam uma maior quantidade de lambidelas e cuidados de limpeza e alimentação produziram menos hormonas de stress quando tinham que lidar com situações stressantes. Podemos partir do princípio de que as mães e os bebés estimulam o desenvolvimento do cérebro uns dos outros. Num desenvolvimento típico, o bebé já nasce com um cérebro que está programado para ir ao encontro e aprender com o contacto humano. Todos os tipos de activação neurológicas dependentes da experiência ocorrem através dos sistemas visuais, do paladar, audição e manuseamento físico. Os bebés muito prematuros chegam ao mundo antes que estes sistemas estejam suficientemente maduros ou programados para se envolverem ou sobreviverem na sinapse social. Irão estar em níveis diferentes durante muitas semanas ou até meses. O que acontece bi-direccionalmente nesta fase de espaço social funciona como o percursor do desenvolvimento do entendimento social, do conhecimento social e da empatia. Quaisquer intervenções precisam de ser multidisciplinares, multi-modais e devem ter no centro as necessidades médicas e de segurança da criança em questão, conjuntamente com o bem-estar dos pais.
Existem muitos estudos sobre as intervenções de berço, quando o método canguru e as massagens do bebé ainda não possíveis para um bebé instável. Estas intervenções terão que ser individualizadas e devem ter em conta os factores familiares, sociais, físicos e culturais. Daniel Siegel chama a estas intervenções uma “mind minfulness” e consistem em ajudar os pais a se sentirem confortáveis quando se sentam ao pé da incubadora e a usarem os seus sentimentos de progenitores para falarem com o bebé. Ainda parece quase forçado sugerir aos pais que usem o som da voz humana ou que sussurrem canções de embalar enquanto observam os padrões de comportamentos neurológicos e fisiológicos dos bebés, pois os pais ainda estão numa situação de grande dualidade em relação ao bebé. Nestes casos, o procedimento é o de ajudar os pais a assumirem um novo papel como mãe e pai, sem o benefício de um terceiro trimestre de gravidez como preparação para a mudança de papel. Os profissionais clínicos poderão ter uma importância crucial ao ajudar os pais a construir uma “sinapse social de berço”.
Já imaginou quão importante seria se, por exemplo, o pessoal da enfermaria, sabendo o stress em que os pais se encontram quando têm de sair de perto da incubadora, para dormir por exemplo, lhes dissesse “até voltarem, vou ter o vosso filho em mente de uma maneira especial e vou estar presente se ele precisar de ajuda para que, enquanto estiverem longe, ficarem em paz” (atitude a que Jeree Pawl denominou de “holding in mind”). Não estou a sugerir que os pais confiem aos clínicos todo o trabalho, mas estou sim a sugerir outra forma de cuidados igualmente poderosa para o mundo criança-mãe/pai. Mesmo depois de passadas várias semanas do nascimento de um bebé prematuro, os cuidados e os desafios bio-comportamentais que cada prestador de cuidados tem de enfrentar continuam a ser muitos, em comparação com um bebé de termo. “De certa maneira, as primeiras experiências, especialmente com o prestador de cuidados primário, ajudam a criar uma “gramática de emoção”, que pode ser duradoura, mesmo que a linguagem das emoções se continue a construir nos anos vindouros” (Sroufe et al., 2005). Em seguida, apresento algumas formas que poderão servir os clínicos de intervenção e ajudar no desenvolvimento deste “ir conhecendo o bebé”:
- Verificar se o bebé apresenta sinais de stress desregulação, como indiferença, olhar à volta, soluços, pele pálida ou encarnada, agitação.
- Ter atenção à postura e à posição, especialmente na hora das refeições (da criança e da mãe).
- Contacto pele com pele, envolvendo as áreas ventrais do bebé e da mãe.
- Encorajar e apoiar a amamentação.
- Encorajar a utilização de um sentido de cada vez.
- Nos primeiros tempos, deve envolver a criança de uma forma mais apertada, e, à medida que o bebé vai trabalhando para se envolver no mundo social, cubra-o de forma a ficar mais solto.
- Ter em conta a possibilidade das influências desreguladores dos estímulos ambientais externos, e.g., luz forte, barulho, como o da televisão, da rádio ou de outras pessoas, principalmente nas primeiras fases.
- Tenha sempre em mente o estado de espírito e bem-estar dos pais.
- Consciência das normas e crenças culturais de cada família, para que se possam reconfigurar as ideias que a própria família tem de si, de modo a receberem a criança prematura.
- Não se esqueça de que estes bebés serão mais frágeis medicamente e serão mais vezes internados num hospital nas primeiras semanas, o que poderá representar uma situação de stress na quebra da díade emergente.
Quais são as ligações de apoio que rodeiam o prestador de cuidados?
O cérebro da mãe, mais maduro, modula (através da presença e das suas acções) o cérebro imaturo do seu bebé. Os bebés prematuros requerem mais cuidados e durante mais tempo e, como tal, nem sempre é fácil para as mães se sentirem alegres, mas as situações de stress são tóxicas para o desenvolvimento do cérebro (sugere-se aos pais que contem histórias à criança, apesar de a maioria das mães afirmar que só têm memórias tristes). Penso que não devemos separar a terapia física da intervenção comunicativa e sócio-emocional. Pensar, sentir e agir precisam de funcionar em conjunto para fazerem sentido. Esta situação requer um entendimento comum entre os clínicos multidisciplinares, de modo a dar ao bebé uma experiência integrada de movimento, emoção e cognição, exigidos pelo cérebro para a aprendizagem, de maneira a que se construam patamares neurológicos que irão prevenir algumas das incapacidades secundárias deste grupo."
Autism Speaks videos
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
De coração para coração

terça-feira, 14 de agosto de 2007
Ambientes empobrecidos e seus efeitos no Desenvolvimento da Criança

quinta-feira, 26 de julho de 2007
segunda-feira, 23 de julho de 2007
INTERVENÇÃO PRECOCE (IPFOREVERI): Igualdade de Oportunidades
No passado dia 16 de Julho de 2007, efectuou-se uma Audição Parlamentar "As crianças e a igualdade de oportunidades: riscos múltiplos, necessidades especiais", organizada pela Subcomissão para a Igualdade de Oportunidades.

"A CERCIMOR, Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados de Montemor-o-Novo, surgiu em 1976, como tantas outras CERCI’s, por iniciativa de uma comissão de pais de crianças deficientes, de técnicos e de outras pessoas interessadas. Foi criada com o objectivo principal de dar respostas educativas a crianças e jovens deficientes e a outras situações de desadaptação social dos concelhos de Montemor-o-Novo, Vendas Novas, Arraiolos, Mora e Viana do Alentejo.
Ao longo dos anos, foram surgindo novos desafios e constituíram-se novas respostas:
- O Centro de Apoio Ocupacional,
- O Centro de Formação Profissional,
- O Projecto Sócio Educativo,
- O Centro de Emprego Protegido (CEP) "Artes e Ofícios
- Centro de Atendimento à Família e Apoio Parental (CAFAP)-
Finalmente, em 1993 é criado o serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, tendo como modelo o PIIP de Coimbra e a ajuda e amizade do Dr. Luís Borges.
Neste âmbito, foram criadas as parcerias com a Saúde, Segurança Social, Educação, e Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, sendo a Cercimor a entidade promotora do serviço.
Desde logo foi afecta uma equipa multidisciplinar, que faziam os apoios, a crianças e suas famílias dos 0 aos 6 anos, nos seus contextos de vida.
Deixando de lado a “estimulação precoce” que se refere só ao trabalho com a criança, passou-se para um novo modelo, em que também engloba a estimulação da criança, mas no seio da sua família, usando os recursos da sua comunidade.
Este novo serviço ouve as necessidades das famílias;
Dá-lhes apoio emocional (ouve as suas alegrias as suas tristezas, acredita nos seus sucessos);
- Dá suporte às famílias (na marcação de consultas e, por vezes , no acompanhamento e nos transportes;
- presta apoio informativo, (sobre o desenvolvimento da criança e recursos da comunidade).
Todo este serviço é prestado gratuitamente, respeitando os interesses, rotinas diárias, prioridades e forças das crianças e famílias.
Dá-lhes poder nas suas decisões, sem aumentar o seu cansaço e stress em deslocações às terapias, e de acordo com o que o Professor McWilliam, tem escrito e dito nos nossos congressos: “a criança aprende ao longo dos dias da semana e não em sessões específicas e limitadas. A visita é um serviço. A intervenção ocorre entre as visitas. É de máxima intervenção que a criança necessita.”
Outra questão também de grande importância é a idade em que começa a intervenção.
Quanto mais cedo for a sinalização e o apoio, maiores serão as probabilidades de sucesso na criança e mais fácil será a aceitação e o vínculo, no caso de deficiência, pela parte dos pais e da família alargada.
Em Montemor, no começo e durante alguns anos, a entidade que mais sinalizações fazia era a Educação, através dos jardins de infância, (por volta dos 4/5 anos).
Presentemente, graças ao grande empenho da Saúde e ao conhecimento do serviço na comunidade, as sinalizações são quase imediatas ao aparecimento da situação, em idades muito baixas e, em alguns casos, o acompanhamento já é feito ao casal, no período de gravidez.
O Despacho Conjunto nº 891/99, de 19 de Outubro, que define o enquadramento legal da IP,elaborado com grande sabedoria, só foi publicado depois de terem sido consultadas muitas entidades idóneas e com experiência na área da IP.
Em algumas regiões do País,o Despacho foi imediatamente implementado.
Em 2000, na Região do Alentejo, foram constituídos os vários patamares de coordenação, conforme estava previsto no Despacho: uma Equipa de Coordenação Regional, 3 Equipas de Coordenação Distritais e várias Equipas de Intervenção Directa,(EIDs) numa filosofia de articulação e rentabilização de serviços.
Nesta fase, o serviço de Intervenção Precoce de Montemor disponibilizou a sua experiência e conhecimentos, através de reuniões e formações teórico- práticas, com o apoio da saúde XXI, a todas as equipas do Alentejo para que, a implementação ocorresse da melhor forma possível, evitando cometerem-se alguns erros.
Analisando a avaliação efectuada às várias Formações, esta teve grande impacto na aceitação do modelo de IP, no Alentejo.
Todos os anos foram criadas novas respostas concelhias nos vários Distritos. A rede foi crescendo e melhorando as suas práticas!
De acordo com o relatório de actividades da ERA de 2006, praticamente todos os concelhos do Alentejo estão cobertos por Equipas multidisciplinares.
Tudo isto se deve à grande cooperação existente entre Famílias, Instituições, os três ministérios e as comunidades!
Muito dinheiro, tempo e energias têm sido investidos nesta área: formação, material didáctico, viaturas, reuniões com parceiros, com pais, investigações, informações às comunidades nacionais e internacionais.
Em Maio de 2006, em Montemor-o-Novo, um grupo de especialistas de várias universidades europeias, parceiros no Programa Grundtvig (Aprendizagens ao longo da vida – Programa Sócrates), através da Universidade do Minho, elogiaram a nossa legislação, querendo aprender connosco as boas práticas:
-”Como é que Portugal conseguiu fazer uma lei onde junta três ministérios (Saúde, Educação e Segurança Social), e Instituições, falando a mesma linguagem, usando estratégias comuns, discutindo sobre as problemáticas das crianças e suas famílias? – era a pergunta colocada pelos investigadores, e reveladora do interesse pela precursora experiência nacional.
A resposta a este pedido, foi uma nova candidatura a este Programa, com um Projecto na área da IP “Cooperando com os pais em IP”.
Quando tudo parecia caminhar para melhorar o já existente, sem se esperar pelo relatório de avaliação do Despacho, efectuado pelo Grupo Interdepartamental, surgem novidades terríveis, nomeadamente, da parte do Ministério da Educação. A perplexidade instalou-se!!
- as educadoras de infância com mais anos de serviço, mais formação e mais experiência na área da IP, candidatando-se ao Quadro de Educação Especial, seriam afastadas da IP;
- questiona-se a idade de abrangência da IP;
- fala-se na mudança dos critérios de elegibilidade;
- encara-se a deficiência numa perspectiva médica, (há muito posta de parte);
- a inquietação de que, outros técnicos (terapeutas, psicólogos ), não poderiam acompanhar as crianças, a partir dos 3 anos, em contexto de Jardim de Infância
Para nós, a Educação sempre foi e será um pilar essencial neste processo!!!
Ou será que se vão priorizar cuidados de saúde, higiene, segurança e deixar de lado a educação, quando todos estes sistemas já se articulavam, com alguma harmonia?
Na nossa prática, cada família é visitada semanal (uma a três vezes) ou quinzenalmente, de acordo com a problemática da criança e das suas necessidades, pelo seu responsável de caso (terapeuta, psicólogo, técnico de serviço social, educadora de infância).
Algumas destas famílias, com crianças até aos 6 anos, de baixos recursos económicos, que vivem em montes isolados geográfica e socialmente, sem acesso a transportes públicos e sem viatura própria (a algumas resta uma motorizada, como transporte familiar), têm unicamente como visitas, aquelas efectuadas por estes serviços acessíveis, flexíveis, responsáveis e que, percorrendo quilómetros, muitas vezes só o podendo fazer de jipe, lhes levam oportunidades de novas aprendizagens: brinquedos, panfletos, revistas, jornais e conversa; os elogios sobre os sucessos da sua criança, o programar novas metas e sempre a promessa de, na próxima visita, se fazerem outras “brincadeiras giras”!
João dos Santos referia, num trabalho que realizou numa Instituição destinada à reeducação de delinquentes, que alguns adolescentes com mais de 16 anos usavam brincadeiras solitárias com certos brinquedos, mais utilizados habitualmente por crianças pequenas (carrinhos). A observação deste comportamento levou-o a considerar que, existem certas etapas na vida destes jovens que foram “etapas queimadas”,e este tipo de brincadeiras surgiria pela necessidade de voltar atrás e experimentar alguma coisa que lhes tinha faltado no seu passado.
Se a legislação mudar…
Só para exemplificar o risco, que as crianças e famílias de Montemor e Vendas Novas correriam: das 135 crianças / famílias acompanhadas, só 10 crianças têm diagnósticos etiológicos e ficariam no Programa (autismo, Trissomia, sequelas de paralisia cerebral, alguns síndromes), se for mantido até aos 6 anos de idade! Todas as outras, 91 crianças com atrasos de desenvolvimento: com perturbações predominantemente nas áreas da linguagem/comunicação, comportamento/interacção e psicomotor; e 32 em risco de atraso no seu desenvolvimento, devido às interacções familiares perturbadas, pais com deficiência mental e famílias em isolamento geográfico e social, ficarão fora do Programa!
Por tudo o que foi dito, acreditamos que esta instabilidade será passageira e que, num País que tem demonstrado interesse e preocupação em seguir um modelo, defendido pelos mais ilustres investigadores nacionais e internacionais, com princípios ecológicos, sistémicos, inclusivos, comunitários e de rentabilização de serviços, não se deite por terra anos e anos de boas práticas.
As Equipas precisam de tranquilidade e estabilidade para poderem desempenhar com sucesso as suas funções.
As crianças e famílias com quem trabalhamos merecem o nosso respeito.
Por elas, não podemos correr riscos de experimentalismos gratuitos, nem de aventureirismos precipitados.
Termino, com uma frase de Frederico Mayor, que é também, e hoje, um grito de apelo à vossa consciência:
«O Mundo que deixamos às nossas crianças depende em grande parte das crianças que deixarmos ao nosso mundo».
Tenho dito, Obrigada."
domingo, 15 de julho de 2007
Igualdade de Oportunidades
sexta-feira, 13 de julho de 2007
Intercâmbio de saberes
Desta vez, fizemos uma paragem no "Centro de Educação e Investigação para o Desenvolvimento da Primeira Infância"( Research and Training Center (RTC) on Early Childhood Development). Este Centro é financiado pelo Departamento de Educação dos E.U.A. , Gabinete de Programas de Educação Especial, Divisão Research-to-Practice.
O Centro (RTC) tem como principal objectivo implementar um programa coordenado e avançado de investigação aplicada, sobre os conhecimentos e práticas destinados a melhorar intervenções relacionadas com a saúde mental, com o desenvolvimento interpessoal, sócio-emocional, da pré- literacia, da comunicação e do comportamento de bebés , crianças pequenas e em idade pré-escolar com ou em risco de atraso de desenvolvimento.
Com esta postagem, esperamos contribuir para que pais e profissionais tenham acesso a um novo conjunto de intrumentos de trabalho, de modo a efectuar uma intervenção mais criativa, junto das crianças.
FOLHETOS CORNERPIECE
É mais um produto oferecido pelo Centro de Educação e Investigação para o Desenvolvimento da Primeira Infância. Os folhetos Cornerpiece oferecem uma descrição precisa de uma determinada prática baseada na evidência, a forma de a experimentar e mecanismos para descobrir se essa mesma prática está ou não a ter resultados.
Estes folhetos estão agrupados em temas, todos relacionados com o desenvolvimento e a criação de oportunidades de aprendizagem da e para a criança portadora de alguma deficiência ou atraso no desenvolvimento global, podendo o mesmo folheto estar incluído em mais do que um tema.
Os folhetos fazem parte de um grupo mais vasto, os "Solutions Tool Kits", em que são apresentados outros produtos e a fundamentação teórica e de investigação, todos relacionados com um tópico específico envolvendo as crianças.
Ensine o seu bebé com jogos de aprendizagem precoce
As crianças pequenas, que aprendem a fazer com que coisas interessantes e emocionantes aconteçam, iniciam então uma aventura de aprendizagem repleta de descobertas e divertimento. Estas ideias servem para apoiar o desenvolvimento de crianças pequenas através da magia associada a jogos de aprendizagem precoce.
Desta vez apresentaremos a tradução dos folheto1:
"Mais tempo para a Brincadeira"
Questionário para o folheto 1
Está a resultar?
- -O bebé repete o comportamento, vezes sem conta?
- -O bebé reconhece que há uma ligação entre a sua acção e a resposta desejável que se segue?
- - O bebé exprime prazer ( sorri, palra, ri, bate palmas, etc. )aquando da resposta?
( Fonte: http://www.researchtopractice.info/index.php )
segunda-feira, 9 de julho de 2007
Pirâmide de Maslow
A hierarquia de necessidades, é uma divisão proposta por Abraham Maslow,daí o nome da pirâmide, em que as necessidades de nivel mais baixo devem ser satisfeitas, antes das necessidades de nivel mais alto.Cada pessoa tem de subir uma hierarquia de necessidades até atingir a sua realização pessoal.
Então, Maslow define um conjunto de cinco necessidades:
- necessidades fisiológicas básicas (fome, frio, sede, sexo);
- necessidades de segurança, que vão desde as mais simples necessidade de estar seguro dentro de uma casa, às mais estruturadas como ter um emprego, uma religião;
- necessidade de afecto (amor, carinho, sentimentos de pertença);
- necessidade de estima, que passa pelo reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
- necessidade de auto-realização, em que o indivíduo se transforma naquilo que ele quer ser: "what human can be, they must be:they must be true to their own nature"
É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade "...temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais".
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre

A propósito da teoria da hierarquia das necessidades de Maslow poderá ler, clicando no link, um artigo interessante sobre esta teoria e o fracasso escolar. O artigo fala da Educação no Brasil, mas ,na minha opinião, por cá a situação não muda muito! E quem trabalha em Intervenção Precoce conhece e luta diariamente com esta realidade...
http://www.psicologia.org.br/internacional/pscl50.htm
sexta-feira, 6 de julho de 2007
População Atendida, contextos e idade das crianças
Gráfico1- Total de apoios
quinta-feira, 5 de julho de 2007
Projecto da Agência Europeia:"Intervenção Precoce na Infância:análise de situações na Europa"
"IPI é um conjunto de recursos/serviços para crianças em idades precoces e suas famílias, que são disponibilizados quando solicitados pela família, num certo período da vida da criança, incluindo qualquer acção realizada quando a criança necessita de apoio especializado para: assegurar e incrementar o seu desenvolvimento pessoal; fortalecer as competências da própria família; e promover a inclusão social da família e da criança.
Estas acções devem ser realizadas no contexto natural das crianças,preferencialmente a nivel local, com uma abordagem em equipa multidimensional orientada para a família."
Na definição, nota-se a preocupação de intervir o mais cedo possivel , no seio da família, temporariamente ou não, de acordo com a problemática da criança (um atraso no desenvolvimento, aos 9 meses pode ser ultrapassado, se se intervir a tempo), e nos contextos naturais de vida da criança.
.european-agency.org/site/info/publications/euronews/archive/docs/docs05/euronews15_pt.pdf
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo
O Serviço de Intervenção Precoce de Montemor-o-Novo, nasceu em 1993, de um Acordo estabelecido entre a Equipa de Educação Especial de Montemor-o-Novo, a CERCIMOR, e o Centro Regional de Segurança Social – Sub – Região de Évora (acordo atípico), tendo como exemplo e apoio o PIIP de Coimbra.
Conforme o que vem estabelecido no despacho Conjunto n.º 891/99, a Intervenção Precoce é uma medida de apoio integrado, centrado na criança e na família que preconiza determinadas acções de natureza preventiva e habilitativa, designadamente no âmbito da educação, da saúde e da acção social, atendendo a:
· assegurar as condições facilitadoras do desenvolvimento da criança com deficiência ou em risco de atraso grave de desenvolvimento;
· potenciar as interacções familiares; reforçar as competências familiares, capacitando-as face à problemática da criança.

Dois concelhos: Montemor-o-Novo e Vendas Novas.
Equipa técnica
O Grupo de Técnicos (Médicos, Enfermeiras, Técnica Superior de Serviço Social, Psicólogas, Socióloga, Educadoras, Terapeutas Ocupacionais e da Fala, Fisioterapeuta, Auxiliar do ensino especial) que se deslocam ao domicílio, às creches e aos jardins-de-infância da rede pública e particulares, respeitando as necessidades, interesses e rotinas da família e das suas crianças.
Intervir nos contextos naturais das crianças
Este é o caminho que nos leva até uma família, com três crianças: uma de 6 anos que frequenta a escola, outra de 4, com atraso na linguagem e outra de 2 anos, com atraso psicomotor.A visita a esta família só pode ser feita de jipe,nesta altura do ano.De inverno, nem mesmo neste transporte se consegue lá chegar!
Após a sinalização são dadas as informações disponiveis sobre a família e sobre a criança, na reunião de Equipa.
ATécnica de serviço social faz o primeiro contacto, normalmente pelo telefone; programa-se a primeira visita no domicilio , de acordo com a disponibilidade da família.
Esta visita é feita pela Equipa de Primeiro Contacto constituida por dois técnicos: técnica de serviço social e coordenadora ou outro; faz-se apresentação geral do serviço: sede, constituição da Equipa Técnica, modelo de funcionamento, parcerias). Também para maior informação, deixa-se o Panfleto do serviço. Neste primeiro contacto, confirmam-se os dados da ficha de sinalização e faz-se o levantamento das preocupações da família em relação à sua criança.
Neste primeiro contacto duas situações podem surgir: a família fica contente, colaborativa porque finalmente alguém os vem ajudar a entender a problemática da criança ou, nega a ajuda dizendo " O meu filho não tem problemas! Eu também fui assim".
É nesta ultima que a Equipa sente mais dificuldades na sua tarefa.Todos sabemos que a mudança é dificil e, como profissionais, temos que perceber porque é que as famílias não mudam e qual o estadio em que encontram:
- Não podem mudar ou não querem!
- Não sabem o que mudar !
- Não sabem como mudar!
A chave da mudança: O RELACIONAMENTO